Quantas vezes você já foi ao mercado para comprar algum item e o mesmo estava mais caro do que de costume?

Diversas outras pessoas, passam pela mesma coisa todos os meses.

O aumento do preço de um produto pode estar relacionado a algo específico daquele produto. O conceito de inflação é um pouco mais amplo, mas bem simples.

Além de existir mais de um tipo de inflação, existem diversos índices na economia que refletem esse indicador.

A inflação é o principal índice da economia que reflete o poder de compra do consumidor. Ou seja, o poder de compra do seu dinheiro.

Desse modo ela pode fazer o dinheiro que você possui na sua carteira hoje passar a valer bem menos.

E com o seu dinheiro valendo menos, você pode acabar não podendo comprar os produtos e serviços que está acostumado.

A boa notícia é que há uma forma de se proteger contra a inflação.

Portanto, para entender de uma vez por todas o que é inflação de um modo bem simples, continue lendo este artigo.

O que é inflação?

inflação é o aumento da oferta monetária, sem que haja um aumento na demanda.

Ou seja, inflação é um aumento na quantidade de dinheiro em uma economia, sem que haja um aumento na demanda por dinheiro. E a consequência disso é aquela definição comumente utilizada, de que “a inflação é um aumento nos preços de forma constante”.

Portanto, quando aumenta a quantia de dinheiro, sem um aumento equivalente na quantidade de produtos, serviços, ativos, enfim, coisas à venda, o preço dessas coisas sobe.

A inflação possui diversos índices que representam como os preços estão variando em média na economia.

Qual a diferença entre inflação e deflação?

Como você deve imaginar, a deflação é exatamente o oposto da inflação. Chamada também de inflação negativa.

Enquanto que a inflação representa um aumento na oferta de dinheiro, a deflação ocorre quando há uma redução na oferta de dinheiro. E na maioria das vezes o preço das coisas diminui.

deflação pode indicar que as coisas estão indo mal na economia. Significa que o país teve um crescimento muito baixo no período, ou até negativo.

Uma queda muito grande na bolsa de valores, por exemplo, leva à redução de riquezas na economia de uma forma geral, diminuindo também a disposição das pessoas em consumir.

Empresas e famílias podem ficar pessimistas com a economia também e reduzem seus gastos.

Tudo isso pode resultar em uma forte redução da demanda por produtos e serviços, com crescimento baixo da economia e deflação.

É muito importante que um país tenha uma inflação positiva, porque significa que a economia do país está crescendo.

O que gera a inflação?

Agora que já sabemos o que é inflação, vamos ver o que pode ocasionar ela. Existem basicamente dois tipos de inflação, conheça-as agora:

Inflação de demanda

A inflação de demanda ocorre quando a procura por um determinado bem ou serviço é superior a quantidade ofertada do mesmo.

Quando ocorre um aumento repentino na demanda por certo produto ou serviço, o preço do mesmo aumenta. Essa demanda vem do consumo e do investimento das empresas.

A capacidade produtiva da economia é dada pelo estoque das máquinas, fábricas, infraestruturas, tamanho da equipe de trabalho, etc.

É difícil mudar essa capacidade produtiva no curto prazo. Portanto, se a demanda cresce de uma forma muito rápida, a produção não dá conta. O que acaba puxando os preços para cima e gerando inflação.

Esse tipo de inflação foi observado no início do Plano Real.

A estabilidade econômica da época levou a um aumento real dos salários das pessoas.

Desse modo, as famílias passaram a consumir uma quantia bem maior dos produtos que até então tinham uma demanda estável. O que ocasionou um aumento geral de preços.

Inflação de oferta

A inflação de oferta, também chamada de inflação de custos.

Ocorre quando a demanda por um determinado produto ou serviço continua a mesma, mas o seu custo de produção aumenta.

Os custos de produção de determinado produto ou serviço podem oscilar devido a um aumento do custo de mão de obra (salários, encargos trabalhistas), matéria-prima, taxas de juros, combustíveis, tributos ou fontes de energia.

Com esse aumento nos custos de produção, não há incentivo para produzir esse produto, gerando uma redução na oferta, enquanto que a procura continua a mesma.

Assim ocasionando novamente um aumento de preços, ou seja, inflação.

Esse tipo de acontecimento normalmente afeta a inflação apenas no curto prazo, pois eventualmente as empresas vão ajustar suas produções conforme a demanda.

Dificilmente um aumento nos custos de produção afetará a inflação no longo prazo.

Assim como um aumento nos custos não afetará tão rapidamente outros bens e serviços tão rapidamente, mesmo que esses setores estejam relacionados.

Como controlar a inflação?

Para controlar a inflação, são necessárias medidas de aperto fiscal e monetário. Ou seja, gastos públicos mais baixos e juros mais altos.

No curto prazo essas decisões ajudam a conter a demanda por determinados bens e serviços.

Isso acontece porque aumentando os impostos e as taxas de juros, você está tirando poder de compra da população.

Se a população está sem poder de compra, a mesma vai conter gastos, assim diminuindo a procura e mantendo a oferta.

Entretanto, isso normalmente tem um impacto recessivo na economia.

Portanto, controlar a inflação resulta em alguns sacrifícios no curto prazo, como um crescimento econômico mais baixo e desemprego mais alto.